Programa Estadual de Sanidade Suídea
PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE SUÍDEA – PNSS
MAS VOCÊ SABE QUE TIPO DE ANIMAIS SÃO OS SUÍDEOS?
Os suídeos são animais da família dos mamíferos artiodátilos, que compreende os porcos domésticos e selvagens.
O Programa Nacional de Sanidade Suídea - PNSS concentra seus esforços nas doenças da lista da Organização Mundial de Saúde Animal – OIE que se caracterizam pelo grande poder de difusão, gerando consequências econômicas e sanitárias graves e repercussão no comércio internacional.
As atividades do PNSS estão voltadas para a prevenção de doenças, para o reconhecimento, manutenção e ampliação de zonas livres de doenças, além da certificação e monitoramento de granjas de reprodutores suídeos (GRSC).
O controle sanitário oficial – desenvolvido por fiscais agropecuários – é realizado pela Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro), juntamente com o Ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), nos estabelecimentos de criação de suídeos que desenvolvam atividades de produção, reprodução, comercialização e distribuição, com o objetivo de impedir a introdução de doenças exóticas no rebanho nacional e controlar ou erradicar aquelas doenças já existentes no Brasil.
Em relação à Peste Suína Clássica – PSC o estado, juntamente com o setor produtivo, autoridades e instituições públicas e privadas, devem atuar de forma conjunta na prevenção, no controle e na erradicação da enfermidade, oficializando o compromisso com a execução do Plano Estratégico Brasil livre de Peste Suína Clássica, lançado pelo MAPA em 2019, com o objetivo de erradicar a PSC na zona não livre do Brasil, reduzindo as perdas diretas e indiretas causadas pela doença e gerando benefícios pelo status sanitário de país livre da doença. Entre as ações de destaque estão a atualização da base cadastral do rebanho, além do controle do trânsito de animais e produtos de risco que ingressam no estado.
MEDIDAS DE RESPONSABILDADE DO PRODUTOR:
- Mantenha o cadastro do estabelecimento de criação de suínos atualizado junto à Adagro;
- Disponibilize, sempre que solicitado pela Adagro, o registro atualizado de produtividade e sanidade do rebanho, sempre que solicitado;
- Crie e mantenha os animais em condições adequadas de nutrição, manejo e prevenção de doenças;
- Comunique à Adagro qualquer suspeita de doença no rebanho imediatamente;
- Forneça água limpa e ração de qualidade; e
- Não se recomenda a alimentação dos suídeos com restos de comida. Caso seja de extrema necessidade, antes de ser servido, o alimento deve ser fervido por, no mínimo, 60 minutos.
PAPEL DO RESPONSÁVEL TÉCNICO (RT):
- Os responsáveis técnicos (médicos veterinários) por estabelecimentos de criação de suídeos devem orientar os produtores a adotarem medidas de prevenção e biossegurança em suas propriedades e a manterem registros atualizados de dados zootécnicos e de produtividade de seus animais;
- O RT deve ser o representante do produtor junto à Adagro, notificando as ocorrências de ordem sanitária e de dados zootécnicos.
TRÂNSITO DE SUÍDEOS
O trânsito de suídeos só deve ocorrer mediante apresentação da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento oficial para transporte animal que contém informações sobre a rastreabilidade (origem, destino, finalidade, espécie, vacinações, entre outros).
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA NOS SUÍDEOS:
As principais doenças de notificação obrigatória nos suídeos são: Doença de Aujeszky (DA); Peste Suína Clássica (PSC); Peste Suína Africana (PSA) e Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS). No entanto, como alguns sinais clínicos das doenças citadas se confundem com os de outras enfermidades, deve haver notificação imediata à Adagro caso os animais apresentem sinais clínicos compatíveis com a Síndrome Hemorrágica dos Suínos, associados ou não ao aumento a taxa de mortalidade, para que a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária possa adotar as medidas sanitárias cabíveis.
PRINCIPAIS SINAIS CLÍNICOS REALACIONADOS ÀS DOENÇAS NOS SUÍDEOS:
Gerais: febre alta (>40ºC), apatia, anorexia, letargia, conjuntivite, tendência nos animais de se amontoarem, alta mortalidade ou não;
Reprodutivos: aborto, natimortos, leitões mumificados, leitões que morrem logo após o nascimento, crescimento de pelos eriçados, leitegadas (nascimentos de leitões de uma só ninhada) pequenas e fracas, refugo, retardo no crescimento dos animais, repetição do período de cio;
Nervosos: tremores, convulsões, falta de coordenação nos membros posteriores (posição de cão sentado), movimentação em círculos, movimentação de pedalagem, decúbito e opistótono (espasmo da coluna vertebral e das extremidades que se curvam para frente, resultando em posição de arco);
Respiratórios: espirros, tosse, descarga nasal e dispneia;
Dermatológicos: petéquias (lesões na pele), cianose – lesões hemorrágicas - , na orelhas, membros, focinho e cauda.
IMPORTANTE: Todo cidadão que suspeite da ocorrência de doenças nos rebanhos de suídeos e de outras espécies no Brasil deve comunicar imediatamente a ocorrência ao serviço veterinário oficial (fiscais agropecuários federais, estaduais ou municipais).