Sanidade Vegetal

Programa Estadual de Controle e Erradicação do Cancro e Ferrugem da Videira

Cancro Bacteriano da Videira

Mosca das frutas 1O cancro bacteriano da videira é causado pela bactéria Xanthomonas campestris pv viticola, foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1998 no Submédio do Vale do São Francisco. Devido a sua importância econômica, esta se constitui um dos principais problemas fitossanitários para a videira nas áreas irrigadas do Vale do São Francisco. Nessa região o período mais favorável para o desenvolvimento da infecção é o primeiro semestre do ano, devido á ocorrência de chuvas, condição que favorece a disseminação da bactéria.

Praga Quarentenária Presente que ocorre nos Estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Roraima, e tem como hospedeiras espécies do gênero Vitis e seus híbridos (Instrução Normativa 38/10/2018).

A ADAGRO vem realizando cadastros e inspeções fitossanitárias em áreas produtoras de uva, atendendo a Instrução Normativa do MAPA de nº 02 de 06/02/2014, que estabelece critérios para o manejo da praga.

Os sintomas nas folhas surgem como pontos necróticos com ou sem alos amarelados que podem coalescer e causar a morte de extensas áreas do limbo foliar. Nas nervuras e pecíolos, ramos e ráquis dos frutos formam-se manchas escuras alongadas que evoluem para fissuras longitudinais de coloração negra denominadas de cancros, resultando na dilaceração dos tecidos e obstrução parcial do fluxo de seiva. As bagas são desuniformes em tamanho e cor, podendo apresentar lesões necróticas.

A disseminação ocorre por meio de material propagativo infectado, utilizado em enxertia e na formação das mudas. Pode ocorrer também por meio de restos de cultura infectados espalhados pelo pomar ou aderidos a contentores, tesouras, canivetes, luvas, roupas e implementos agrícolas utilizados no manuseio de plantas doentes. A disseminação da bactéria é favorecida por ventos fortes associados a chuvas.

As medidas fitossanitárias a serem adotadas em plantios do gênero Vitis nas unidades da federação com ocorrência de Xanthomonas campestris pv viticola são:
- impedimento da entrada na propriedade que se localize em município sem ocorrência da praga, de pessoas e equipamentos provenientes de municípios com ocorrência da praga, sem as devidas medidas profiláticas;
- realização de podas nos meses de menores índices pluviométricos, para as variedades mais suscetíveis;
- desinfestação, após cada utilização, de equipamentos, de ferramentas para poda e de material de colheita, com produtos sanitizantes recomendados pela pesquisa; e
- eliminação de todo o material resultante das podas, por meio de enterrio ou queima, para as variedades mais suscetíveis e sintomáticas.

 

Ferrugem da Videira

Mosca da Carambola

Causada pelo fungo Phakopsora euvitis, com grande potencial de disseminação, a doença foi inicialmente detectada na Ásia e na América do Norte. No Brasil ela chegou pela primeira vez, em 2001, no estado do Paraná. Atualmente, a ocorrência do fungo já se estendeu aos parreirais de outras regiões produtoras de uva do país. Ocorre, principalmente, em áreas tropicais e subtropicais.

Os sintomas ocorrem nas folhas. Na face superior da folha surgem lesões de coloração castanho avermelhadas de formatos e tamanhos variáveis, que na face inferior da folha corresponde as estruturas de frutificação do fungo, denominadas urédias, que são pústulas (pequenas elevações ou saliências) amarelo-alaranjadas de uredósporos. O fungo provoca queda prematura de folhas, prejudicando a produtividade.

A ferrugem ataca variedades de uva de mesa, suco, vinho e porta-enxertos. As variedades comerciais do grupo Itália, uvas sem sementes, uvas para vinho e variedades de porta-enxerto como IAC 766 e IAC 313 são mais resistentes a doença. Enquanto que as variedades americanas Niágara, Isabel e Bordô e os porta-enxertos 420 A e Kober 5BB são consideradas suscetíveis.

Medidas Preventivas e Controle:

- Uso de mudas sadias, produzidas em viveiros idôneos.
- Monitoramento constante do plantio.
- Enterrio ou queima de material podado e eliminação de plantas abandonadas em áreas afetadas.
- Evitar o trânsito de pessoas, máquinas, veículos e implementos de áreas com ocorrência da praga para áreas indenes.