Programa Estadual de Prevenção da Sigatoka Negra e Moko da Banana
Sigatoka Negra
Praga quarentenária presente causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis Morelet, tendo como plantas hospedeiras a bananeira e espécies de helicônia. No Brasil foi detectada primeiramente na região Norte no estado do Amazonas em 1998 e já se encontra na maioria dos estados produtores de banana das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na região do Nordeste sua ocorrência está restrita aos estados da Bahia e Maranhão.
Em decorrência de trabalhos de cadastro com georreferenciamento e inspeção de propriedades produtoras de bananas, em atendimento a IN 17 da SDA/MAPA de 31 de maio de 2005, realizados pela Adagro, o estado de Pernambuco é reconhecido pelo Mapa (IN n°44, de 22/08/06), como “ÁREA LIVRE DE SIGATOKA NEGRA”.
A praga pode causar prejuízos de até 100% da produção. Depois de instalada, provoca aumento significativo no custo de produção, podendo ser necessárias várias aplicações de agrotóxicos por ano, além de aumentar drasticamente a poluição do meio ambiente.
Os sintomas surgem inicialmente nas folhas mais novas. Provoca estrias que parecem linhas marrons claras bem finas que, com o decorrer do tempo, tornam-se um pouco mais largas e de tom marrom escuro. Os reflexos da praga são sentidos pela rápida destruição da área foliar, reduzindo a capacidade da planta realizar fotossíntese e consequentemente a sua capacidade produtiva, expressa pela diminuição do tamanho e número de pencas e frutos por cacho e pela ocorrência de maturação precoce dos frutos ainda no campo.
De acordo com as Instruções Normativas do MAPA, Nº 17 de 31/05/05 e Nº 04 de 27/03/2012; Portaria da ADAGRO 641/2000; 001/2004 e Portaria 022/2006.
- É proibido o trânsito interestadual de bananas que não sejam produzidas em Áreas Livres da Sigatoka Negra ou no Sistema de Mitigação de Risco para Sigatoka Negra.
- Proibir o Trânsito de bananeira, não micropropagadas, que não sejam provenientes de bananais de Áreas Livres de Sigatoka negra
- É proibido o trânsito de bananas em cacho em todo o território nacional.
- O trânsito de plantas ou partes de plantas de Helicônias obedecerá aos mesmos critérios e medidas previstos para o trânsito de mudas, partes de plantas e frutos de banana.
- O trânsito de plantas, mudas micropropagadas ou partes de plantas de bananeira (Musa spp e seus cultivares) obedecerá a legislação de certificação fitossanitária de origem, a certificação fitossanitária de origem consolidada e permissão de trânsito de vegetais vigente.
- Fica proibido o trânsito de folhas de bananeira ou parte da planta no acondicionamento de qualquer produto.
Moko da Bananeira
O Moko da bananeira ou murcha bacteriana é causada pela bactéria Ralstonia solanancearum raça 2, tendo como plantas hospedeiras a bananeira e espécies de heliconia. Consiste em uma das doenças mais importantes da cultura da bananeira, pois pode causar perdas de até 100% da produção, pois os frutos afetados tornam-se impróprios para o consumo.
Praga Quarentenária presente, com ocorrência nos estados do Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Alagoas e Sergipe (IN no 38/2018). Pernambuco tem status DE ÁREA LIVRE DA PRAGA Ralstonia solanancearum raça 2 (ALP Moko da Bananeira), de acordo com a IN no 29/2013.
Os principais sintomas nas plantas jovens são má formação foliar, murcha e amarelecimento, com posterior quebra do pecíolo das folhas basais. Nas plantas adultas, ocorrem murcha, amarelecimento e necrose das folhas basais, progredindo para as demais. No rizoma observa-se a descoloração dos feixes vasculares e no pseudocaule ocorre a descoloração vascular caracterizada por pontos escurecidos. Com o avanço da doença toda a parte central do pseudocaule torna-se necrosada e exala cheiro fétido característico de bactérias. Afeta também o engaço, os frutos e as raquis feminina e masculina. No engaço e na raquis ocorre a descoloração dos feixes vasculares com pontuações avermelhadas. Nos frutos observa-se escurecimento, podridão e seca da polpa.
A sua disseminação ocorre pelo plantio de mudas infectadas. A capina, o desbaste, a desfolha, o corte do coração e a colheita são meios de disseminação da bactéria no plantio devido a contaminação das ferramentas. Pode ser disseminada também por insetos, como a abelha arapuá, quando ocorre exudação da bactéria pelas brácteas florais.
Prevenção e Controle
- Uso de mudas sadias, com origem comprovada (CFO)
- Inspecionar periodicamente os plantios, com erradicação imediata das plantas doentes.
- Desinfecção das ferramentas utilizadas no manejo da cultura
- Eliminar o coração ou mangará, evitando que abelhas e outros insetos disseminem a doença.
- Não existe controle químico curativo para o moko da bananeira.